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Uso de Telas e Família: Como Reduzir Impactos Negativos no Dia a Dia

  • Foto do escritor: Daniela Branco
    Daniela Branco
  • 9 de jan.
  • 3 min de leitura

Vivemos em um mundo onde a tecnologia está presente em praticamente todos os momentos do nosso dia. Para muitas famílias, ela é tanto uma aliada quanto um desafio. Talvez você já tenha se perguntado: "Será que as telas está afastando minha família?" Essa é uma preocupação legítima, mas também é uma oportunidade para refletirmos e tomarmos medidas que beneficiem o desenvolvimento dos nossos filhos – e o nosso próprio.

criança usando telas

Antes de falarmos dos riscos, é importante lembrar que os desafios que a era digital traz não precisam ser vistos apenas como problemas. Quando olhamos para eles com atenção e empatia, podem se tornar grandes chances de aprendizado e conexão. Afinal, o que está em jogo não é proibir a tecnologia, mas aprender a usá-la de forma equilibrada e consciente.


Hoje, quero abordar um tema que é muito comum nas famílias: a diminuição das interações sociais em função do uso excessivo das telas.



Por que a interação social x telas é tão importante?

Na psicanálise, entendemos que as relações humanas são a base para o desenvolvimento emocional, social e cognitivo. É no contato com o outro – nas conversas, olhares e gestos – que as crianças e adolescentes aprendem a compreender suas próprias emoções e a se relacionar com o mundo ao seu redor.

Quando o tempo de tela substitui essas interações, os impactos podem ser profundos. Crianças que passam menos tempo brincando ou conversando têm mais dificuldade em desenvolver empatia, criar vínculos duradouros e até mesmo lidar com conflitos e frustrações no futuro.


O que observar em seus filhos

Aqui estão alguns sinais de que as telas podem estar ocupando um espaço excessivo na vida do filhos:


  • Preferem o celular ou o videogame a brincar com os amigos ou conversar com a família.

  • Mostram desinteresse em participar de atividades em grupo, como esportes ou eventos familiares.

  • Parecem mais confortável se expressando online do que pessoalmente.


Esses comportamentos não significam que há algo "errado" com eles, mas sim que é hora de avaliar e ajustar a dinâmica em casa.


Como transformar o desafio em oportunidade


  1. Crie momentos offline diários: Comece estabelecendo períodos livres de telas para toda a família. Pode ser durante as refeições, uma hora antes de dormir ou em um passeio ao ar livre. Esses momentos são valiosos para criar conexões genuínas e fortalecer os laços familiares.

  2. Substitua telas por atividades significativas: Sugira alternativas que envolvam interação presencial, como jogos de tabuleiro, leitura em voz alta, ou até cozinhar juntos. Quando o tempo offline é divertido e acolhedor, as telas deixam de ser tão atrativas.

  3. Seja um modelo: As crianças aprendem observando. Se você está sempre no celular, elas vão entender que esse é o comportamento esperado. Mostre que você também valoriza momentos de desconexão e interação.


Como abordar o tema com os filhos

Converse de forma acolhedora e sem julgamentos. Diga algo como:


  • “Eu percebi que passamos muito tempo no celular e sinto falta das nossas conversas. Que tal tentarmos fazer algo juntos hoje, sem as telas?”


    Ou, para adolescentes:


  • “Entendo que você gosta de passar tempo no celular, mas acho importante encontrarmos um equilíbrio. Que atividades você gostaria de fazer comigo ou com seus amigos?”


Reforçando a conexão emocional

O objetivo aqui não é demonizar a tecnologia, mas sim equilibrar sua presença no dia a dia. Quando você promove momentos de interação offline, está ensinando seu filho a valorizar as relações humanas e a encontrar prazer nas pequenas coisas – uma habilidade que será essencial para toda a vida.

Lembre-se: a construção de vínculos e a criação de um ambiente emocionalmente seguro começam com pequenos gestos. E o mais importante de tudo é estar presente, não só fisicamente, mas emocionalmente disponível para o seu filho.


Que tal começar hoje? Desligue as telas, convide sua família para uma conversa ou atividade e veja como isso pode transformar a dinâmica entre vocês. Se precisar de mais ideias ou orientação, estou aqui para ajudar!


Por Daniela Branco – Psicanalista e Mentora de Educação Digital

 
 
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