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Adolescentes Têm Vida Oculta?

  • Foto do escritor: Daniela Branco
    Daniela Branco
  • 2 de dez. de 2024
  • 3 min de leitura

A adolescência é uma fase cheia de descobertas e segredos, tanto no mundo offline quanto no digital. É natural que os adolescentes busquem mais independência e criem espaços onde se sintam livres para explorar quem são. No entanto, essa busca por autonomia muitas vezes acontece no ambiente digital, que pode ser tão fascinante quanto perigoso. Para os pais e mães, entender essa "vida oculta" não é sobre invadir privacidade, mas sim sobre estabelecer uma relação de confiança e orientação.


adolescente vida secreta

A Identidade Digital e o Sentimento de Pertencimento dos Adolescentes

No mundo digital, os adolescentes têm a oportunidade de experimentar e expressar diferentes aspectos de sua identidade. Redes sociais, jogos online e fóruns permitem que eles se conectem com outras pessoas que compartilham os mesmos interesses, ajudando a reforçar o senso de pertencimento. Para muitos, esses espaços são um refúgio, onde podem ser quem quiserem, sem julgamentos.

No entanto, essa liberdade também pode trazer desafios. A pressão para se adequar a padrões irreais, a comparação constante e a necessidade de validação (por meio de curtidas, seguidores e comentários) podem impactar a autoestima e gerar ansiedade.


Perigos Online x Perigos Offline

Os perigos enfrentados pelos adolescentes online não são tão diferentes daqueles do mundo real – apenas mudam de forma. Veja algumas comparações:


  • Cyberbullying vs. Bullying presencial: No digital, o bullying pode ser constante, seguindo o adolescente onde quer que ele esteja, muitas vezes de forma anônima.

  • Exposição excessiva: Fotos ou informações compartilhadas online podem ser usadas de forma inadequada, trazendo riscos à segurança, algo que no mundo offline acontecia mais restritamente em círculos próximos.

  • Relacionamentos perigosos: Assim como no mundo físico, adolescentes podem ser manipulados ou explorados, mas online isso se torna mais difícil de detectar, já que muitas interações são privadas.

  • Vícios digitais: O tempo excessivo em telas pode se comparar à dependência de comportamentos de risco no mundo offline, afastando o adolescente da convivência familiar e de atividades saudáveis.


4 Dicas para Pais e Mães

  1. Converse sobre o mundo online com curiosidade, não com julgamento:

    • Pergunte sobre os jogos que jogam, os influenciadores que seguem e as redes que usam. Mostre interesse genuíno, sem criticar ou minimizar o que eles valorizam.

  2. Estabeleça limites saudáveis para o uso de telas:

    • Combine horários e zonas livres de dispositivos, como durante as refeições ou antes de dormir. O objetivo não é punir, mas equilibrar.

  3. Ensine sobre privacidade e segurança digital:

    • Explique os riscos de compartilhar informações pessoais, fotos ou se conectar com desconhecidos. Mostre como identificar comportamentos suspeitos e incentive-os a falar caso algo os deixe desconfortáveis.

  4. Fortaleça a confiança e a comunicação:

    • Crie um ambiente onde seu filho sinta que pode falar com você sem medo de represálias. Demonstre que você está lá para ajudar, não para vigiar ou controlar.


Quando Procurar Ajuda

Se você perceber sinais de que seu filho está sendo afetado negativamente pelo mundo digital, como mudanças bruscas de comportamento, isolamento, irritabilidade ou queda no desempenho escolar, pode ser hora de buscar ajuda profissional. Um psicólogo ou psicanalista pode ajudar a entender o que está acontecendo e fornecer ferramentas para lidar com esses desafios.


Lembre-se: a vida oculta dos adolescentes não é algo para ser temido, mas sim para ser explorado com empatia e paciência. Estar presente, tanto no mundo real quanto no digital, é o primeiro passo para construir uma relação de confiança e ajudar seu filho a navegar por essa fase com segurança e autoconhecimento.

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